Éramos você, nós e todos enquanto a vida nos aquecia

lunes, julio 12, 2021

 Éramos você, nós e todos enquanto a vida nos aquecia. Apesar da dor, vomitamos. Olhamos para o fracasso. Para as feridas indigestas. // Pegamos o espaço diluído. Pintamos nossas imagens de vermelho em cavernas, nossos sonhos nas águas do tempo. Assim lutamos contra o esquecimento desastroso, contra a mente destruída, o Alzheimer das horas. // Deixamos as horas passar com promessas, todas as meia-noites pelo espaço das camas; muito perto, sem tocar no corpo (adormecido na inocência estúpida de não viver todas as noites). Sob as camas, eles deixaram os restos de restos de vida, de uma vida frenética, refeição após refeição, a cada respiração, ejaculação, saliva nojenta. // Onde quer que você se mova, onde as mãos são cortadas no proibido de tocar, beije o contágio; somos infecciosos, por causa do tempo corrupto da vida podre. Os cadáveres silenciosos jazem borrifando as estradas solitárias e empoeiradas onde não chove mais.

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